O Expressionismo Alemão surgiu como um movimento que contrariava o pensamento filosófico preponderante na época, o positivismo. O avanço da técnica, o desenvolvimento das tecnologias, a construção de túneis e pontes homéricas, assim como a felicidade baseada na ordem e no progresso, ia contra a perspectiva expressionista, que procurava desmascarar esse ideal burguês. Esse antipositivismo do expressionismo o faz necessariamente antiimpressionista e também antinaturalista.
“O ouvido é mudo, a boca é surda, mas o olho ouve e fala. O olho do impressionista somente ouve, não fala; acolhe a pergunta, não responde. Em vez dos olhos, os impressionistas têm dois pares de ouvidos; mas não têm boca”. (GOETHE)
Assim, o que mais incomodava os expressionistas era o caráter de superficialidade, felicidade e uma leveza quase hedonista de alguns impressionistas. Esses tratavam a realidade como algo a ser visto do exterior, ao contrário dos expressionistas que defendiam o “viver” da realidade, ou seja, essa deveria ser vivenciada de dentro. O que necessariamente trazia um aspecto subjetivista para o movimento, pois cada artista transmitiria sua visão dessa realidade, assim como suas características técnicas.
O primeiro grupo de expressionistas alemães foi fundado por um conjunto de arquitetos em Dresden em 1905. O grupo foi chamado de Die Brücke que significa A ponte, provavelmente inspirado pela obra de Nietszche Assim falava Zaratrusta, que descreve um “fazer de uma ponte” para o alcance de novos ideais e principalmente por sua crítica contundente à burguesia e seus valores ilusórios. Os fundadores do Die Brücke foram Ernst Ludwig Kirchner, Otto Mueller, Emil Nolde, Max Pechstein, Eric Heckel e Karl Schmidt-Rottluff.